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A arma de Leonardo das Dores – herói da independência no Piauí.

Por: José Luiz de Carvalho

O alferes Leonardo Castelo Branco era um gênio. Cientista, poeta, escritor, magnífico orador, estrategista político e militar. Revolucionário e corajoso guerreiro. Grandes habilidades em uma só pessoa. Em tudo era vanguarda.
Foi um dos líderes do movimento pela independência do Brasil em território piauiense ao lado de Simplício Dias, João Cândido e Miranda Osório. Nenhum dos oficiais portugueses ou patriotas brasileiros, incluindo as tropas cearenses e pernambucanas, tinha arma igual a dele. Considerada a mais moderna da época, usada pela armada inglesa a partir de 1820. Foi o momento em que deixaram as armas de pederneira para o uso da espoleta, tornando o recarregamento três vezes mais rápido. Havia pago uma pequena fortuna a um oficial português que trouxe por encomenda da Inglaterra.


Ao cair em uma armadilha, Leonardo foi preso no Porto de Repartição, em frente à Luzilândia, no lado maranhense do Rio Parnaíba. Preso, foi levado para Lisboa, ficando encarcerado na Cadeia do Limoeiro, em Lisboa Portugal. A arma extraída dele ficou sob a guarda da família do coronel português que o prendeu. Essa espingarda de combate foi descoberta pelo capitão Marcos, cearense servindo em São Luís. Avisou ao amigo Carlos Virgílio Tavora, um dos maiores colecionadores de armas leves do país, que a adquiriu na década de 1970. Hoje essa relíquia se encontra em Brasília com um colecionador e está à venda.

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