Há mais de 20 anos o Amostragem é um dos institutos de pesquisa com maior acerto nos resultados eleitorais do Brasil. Ao longo desse tempo o Amostragem se notabilizou pela seriedade, competência e lisura.
Tais indicativos são demonstrados em números ao estabelecer uma linha histórica com o comparativo entre a projeção apontada na pesquisa de intenção de voto coletada pelo Instituto e o resultado oficial nas urnas.
Um exemplo é a eleição à Prefeitura de Teresina em 2020, em que o Amostragem acertou no primeiro e segundo turno.
No levantamento do turno inicial, Dr. Pessoa aparecia com 37,43% das intenções de voto; nas urnas ele alcançou 34,53%; na segunda colocação aparecia Kleber Montezuma com 27,79% das intenções, no resultado oficial ele alcançou 26,70%; todos dentro da margem de erro de 3,39% da pesquisa. No segundo turno a assertividade se manteve.
O desempenho louvável do Instituto também foi observado em 2018 na disputa ao Governo, em que a pesquisa apontava Wellington Dias com 57,39% e Dr. Pessoa com 21,76%; o resultado oficial trouxe o ex-governador com 55,65%, sendo reeleito em primeiro turno, e Dr. Pessoa com 20,48%.
Em 2016 na corrida pela Prefeitura de Teresina o Instituto também acertou ao apontar a vitória de Firmino Filho no primeiro turno com 54,6%; nas urnas ele alcançou 51,14%, vencendo o pleito.
Na eleição de 2014, o Amostragem apontava uma vitória de Wellington Dias com mais de 30 pontos de vantagem, tendência confirmada no resultado oficial. Ao se ampliar a comparação para 2004 observa-se o Instituto apontando Silvio Mendes com 54% e Adalgisa Moraes Souza com 37; nas urnas ele obteve 55,3% e a candidata 39,2%.
O diretor do Instituto Amostragem, o estatístico parnaibano João Batista Mendes Teles, com mais de três décadas de experiência enfatiza que o processo de realização de uma pesquisa de intenção de voto, reverbera toda a seriedade da equipe envolvida.
“Dentro de cada município desse as equipes que são treinadas saem pesquisando nas residências, nossa pesquisa é presencial, face a face na residência. Não pode fazer no meio da rua, não pode fazer na praça, não pode fazer em estabelecimento comercial e dentro da casa entrevistamos um eleitor residente naquele município e esse eleitor tem que se encaixar”, disse.
É um procedimento chamado amostragem por cotas, quando o entrevistador, o pesquisador, ele sabe quantas entrevistas ele deve fazer em cada sexo, masculino e feminino, em cada faixa de idade e renda, hoje em dia está muito bom pois tudo é feito dentro de um aplicativo.
O Instituto Amostragem utiliza hoje não mais os questionários impressos, mas tudo dentro do tablet e celular e a gente faz o controle; o pesquisador sabe que ele teve que fazer por exemplo cinco entrevistas masculinas, se ele vai fazer a sexta não faz, ela sobe”, pontuou.
Sobre a tendência para a eleição majoritária deste ano, Batista Teles sinaliza que a pesquisa mais recente para o Governo do Piauí traz um empate técnico, não sendo possível fazer uma previsão no momento.
“Absolutamente empatada a disputa para o Governo do Estado. Esses números indicam segundo turno na eleição estadual e não podemos dizer se há preferência por um ou por outro. 1,7 é muito baixo para fazer qualquer, momentaneamente, previsão”, concluiu.