Com município em estado de calamidade e cheia do rio Marataoan, Barras já registra famílias ilhadas em povoado da zona rural. A cidade tem 30 pessoas, cerca de dez famílias na iminência de alagamentos em áreas de risco.
O governo do Piauí anunciou que enviará equipes ao município para monitorar áreas e auxiliar a prefeitura.
Segundo a Defesa Civil do Município, o rio Marataoan está a 6cm para chegar à cota de inundação com 4m e 6cm de alta do rio.
As famílias ilhadas são da localidade Formosa, zona rural. Lá vivem 70 famílias, mas cerca de cinco estão sem sair de suas casas.
Os barros críticos em Barras com a cheia do rio são Boa Vista, De Fátima, Pedrinha.
As dez famílias estão em áreas alagadas, mas permanecem em suas casas porque a água não entrou nas residências. Já foi solicitado cestas básicas e as escolas estão em alerta para abrigar famílias quando for necessário.
A Defesa Civil vai criar um comitê de crise com várias entidades para ajudar neste momento de alerta.
Equipes da Defesa Civil Estadual viajam nesta terça-feira (21) até o município de Barras para monitorar a situação das famílias ribeirinhas que vivem às margens do rio Marataoan.
Segundo o último boletim divulgado pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM), o nível do rio Marataoan em Barras continua subindo. No momento, com 3,97 m, o rio está na cota de alerta e a previsão é que suba mais, chegando a 3,98 m nas próximas horas. A cota de inundação do rio é de 4,20 m.
A Companhia Hidro Elétrica do São Francisco anunciou na tarde desta segunda-feira (21) que irá aumentar novamente a vazão de saída do reservatório de Boa Esperança, na bacia do rio Parnaíba, em Guadalupe.
A partir desta terça-feira o novo patamar passará de 800 metros cúbicos por segundo para 1300, devendo permanecer nesse valor até nova reavaliação.
Para os próximos dias, o cenário deve ser chuvoso no Piauí. Entretanto, a partir do dia 25, as chuvas ficarão mais localizadas em determinadas regiões.
“Nós temos ainda essa semana, ela é crucial de chuvas mais intensas, fatores atmosféricos favorecem isso, mas a partir do dia 25 a gente começa a ter uma diminuição desse volume de chuva”, disse o climatologista Werton Costa.
A partir do dia 25 o que vai prevalecer não é a chuva distribuída, são as chuvas localizadas, então por exemplo, pode cair uma chuva extrema no município e causar algum tipo de transtorno, mas ela não vai estar relacionada por exemplo a variação de volume de bacia, então até o momento este é o cenário, mas pode-se alterar porque a meteorologia é muito dinâmica”, finaliza o climatologista.