O Brasil se aproxima de romper a barreira de 100 milhões de pessoas com o esquema completo de vacinação contra a covid-19. Ontem, o país chegou a 99.315.948 vacinados com as duas doses, ou a única, no caso da Janssen.
Neste fim de semana, foram aplicadas mais de 1 milhão de doses ao dia, segundo dados do Localiza SUS, divulgados ontem. Mesmo que quase a metade da população brasileira esteja com o esquema de vacinação completo, ainda não é o momento de relaxar com as medidas de proteção. Afinal, a pandemia matou mais de 601 mil pessoas.
Cerca de 149,5 milhões de pessoas estão parcialmente imunizadas, ou seja, receberam pelo menos uma dose. Em relação ao total da população, este número equivale a 70,07%. Mesmo que os números sejam otimistas, ainda falta para atingir a chamada imunidade de rebanho.
De acordo com o médico intensivista do Hospital Brasília Rodrigo Biondi, muitas pessoas já estão com a imunidade contra a doença enfraquecida devido ao tempo da última vacina.
Recentemente, o ministro da Saúde Marcelo Queiroga repudiou leis que obrigam o uso de máscaras. “Sou absolutamente contrário. O governo federal defende primeiro a dignidade da pessoa humana, a vida, a liberdade. Eu acho que uma lei para obrigar qualquer coisa é um absurdo, porque não funciona. Temos que fazer as pessoas aderirem às recomendações sanitárias”, disse.
A infectologista Ana Helena Germoglio, do Hospital Regional da Asa Norte, em Brasília, aponta o contrário e, apesar da queda de casos, não é o momento de relaxar nas medidas de proteção.
Segundo Ana Helena, é precoce pensar em tirar a obrigatoriedade da máscara. “Nos outros países, onde tiveram grandes surtos, já estão retirando as máscaras, mas porque tem um grande percentual de vacinação. Abolir outras medidas, como o uso da máscara e o distanciamento social, vão ser as últimas a serem feitas”, concluiu. Fonte: Correio Braziliense. Foto: Cidade Verde. Edição: APM Notícias.