O Centro Nacional de Pesquisa, Conservação e Manejo de Mamíferos Aquáticos em Cajueiro da Praia, está desativado. O equipamento tinha a função de atuar na preservação do peixe-boi marinho, mamífero ameaçado de extinção, mas devido à precariedade da estrutura física do centro, as pesquisas estão impedidas de serem realizadas e o acervo do animal está em risco.
O Piauí abriga cerca de 70 animais, a maior população nativa de peixe-boi marinho do Brasil. Eles ficam no estuário entre o Oceano Atlântico e o rio Ubatuba, entre o Piauí e o Ceará, onde essa espécie procria, se alimenta e foge do risco de extinção.
Até anos atrás os pesquisadores faziam o monitoramento dos animais através de uma torre que, atualmente, não está funcionamento devido ao comprometimento da estrutura. Desde 2016, o trabalho não é realizado.
O projeto de preservação do peixe-boi é de responsabilidade do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, o ICMBio. Por sua vez o órgão informou que há disponibilidade da utilização de R$ 440 mil para a elaboração de um projeto de recuperação da estrutura e reestabelecimento das atividades. Mas ainda não há data para a realização do trabalho.
Para a coordenadora da ONG Ilha Ativa, Lilianna Oliveira, que atua no monitoramento do peixe-boi há 15 anos, a ameaça à espécie afeta toda a natureza.
“É uma espécie muito importante para a região. Não só para o estuário Ubatuba, mas para o ecossistema inteiro. Perder um indivíduo de suma importância é um risco que a gente corre se a gente não tiver essa estrutura, para a gente fazer esse tipo de trabalho”, disse Lilianna Oliveira. Fonte: G1Pi. Foto: COP. Edição: APM Notícias.