Antonio Amorim e a luta pela preservação da palmeira Buriti em Buriti dos Lopes
No último domingo, dia 16 de junho de 2024, o buritiense Antonio Amorim recebeu com um sorriso acolhedor e um brilho no olhar, o nosso repórter Rurik Araújo e caminharam juntos até a praça Matriz Nossa Senhora dos Remédios, onde três majestosos pés de buritis se erguem, plantados há 14 anos pelo próprio Amorim. Às margens da BR-343, esses buritis são mais que árvores; são símbolos de resistência e esperança em tempos de devastação ambiental.
Um vídeo nas redes sociais, onde Amorim fala apaixonadamente sobre suas palmeiras, já acumula milhares de visualizações. Nas palavras de Amorim, fica claro o amor e a responsabilidade que ele sente por esses três buritis. Cuidar dessas palmeiras diariamente não é apenas uma tarefa, mas um compromisso inabalável com a natureza.
“Essas palmeiras estão ameaçadas de extinção pela ação humana”, explicou Amorim, com um tom de tristeza. A seca em nosso “brejo”, resultado de desmatamentos desenfreados, avanços urbanos e a construção de estradas, tem matado centenas, talvez milhares, dessas plantas nativas. Cada buriti perdido é um pedaço da nossa história que se vai.
Em dezembro deste ano, os três buritis completarão 15 anos. “A palmeira necessita de uma grande quantidade de água para sobreviver. São 14 anos lutando dia e noite para que elas sobrevivam”, contou ele. Essa luta constante é um reflexo do amor de Amorim pela sua terra e pelas tradições que ela carrega.
Antonio Amorim também fez um apelo às autoridades locais, pedindo uma reflexão séria sobre políticas públicas de preservação ambiental. “Talvez criar um projeto de lei para proteger o bioma e tentar salvar algumas palmeiras que restaram”, sugeriu ele. Esse pedido é uma convocação para que todos nós, como comunidade, nos unamos na defesa do que ainda resta.
O sonho de Amorim vai além dos três buritis que ele já plantou. “O meu sonho é plantar dezenas de pés de buritis em torno da praça Matriz de Buriti dos Lopes”, revelou. Essa visão é uma inspiração para todos nós, uma chamada para ação e para o amor ao meio ambiente.
Ao final da conversa, Amorim resumiu seus sentimentos em uma frase simples, mas poderosa: “Os três pés de buritis são meus filhos”. Nesse desabafo, ele nos lembra que cada planta, cada árvore, é um ser vivo digno de cuidado e proteção. Que possamos seguir o exemplo de Antonio Amorim, plantando não apenas árvores, mas também esperança e futuro em nossa terra.
Por: Jornalista José Luiz de Carvalho com informações de Rurik Araújo
