Uma campanha vitoriosa e que serve de exemplo para outras que certamente virão em Parnaíba, terá seu momento maior no próximo sábado dia 29 dentro de um cemitério, mas que tem um significado da mais alta relevância para a história e por extensão para a cultura.
Foto: Arquivo Dilson Lages, Elmar Carvalho e Claucio Ciarline
Há meses o poeta Elmar Carvalho em visita a Parnaíba e na companhia de seu colega de Academia Parnaibana de Letras, o professor Claucio Ciarlini, foi até o Cemitério da Igualdade, na região central e lá ficaram preocupados com o estado de abandono e prestes a ruir pela ação do tempo, o túmulo da poetisa Luiza Amélia de Queiroz Brandão.
Nascida na terra dos irmãos Dantas em 1838, foi a primeira mulher a publicar um livro na então província do Piauí. Na história e na literatura foi a moradora do imponente sobrado com fachada de azulejos portugueses na rua Grande e autora de Flores Incultas e Georgina ou os Efeitos do Amor.
Diz a lenda que em vida pediu que quando morresse gostaria de que sobre seu túmulo florescesse um pé de jasmim. Quando a morte veio, anos depois, a natureza atendeu seu pedido. Mas o túmulo de Luiza Amélia de Queiroz Brandão atualmente estava em ruínas. Em pouco tempo estaria ao rés do chão e certamente não deixaria qualquer vestígio.
Valdeci Cavalcante
E foi aí que entrou a campanha pela restauração do túmulo e a atitude sempre generosa de Valdeci Cavalcante, membro da Academia Parnaibana de Letras. Em pouco tempo os operários, sob o comando do construtor Paulo Armando,. restauraram a obra de arte e a Parnaíba ganha mais um monumento.
Agora nesse sábado será realizada a entrega do túmulo e aberto à visitação, limpo, forte e bem cuidado a segunda morada terrena de Luiza Amélia de Queiroz Brandão.
Por: jornalista Antônio de Pádua Marques Silva
Edição: Jornalista José Luiz de Carvalho
(Janeiro 2022)