Na noite insólita, a madrugada avança,
Da janela de madeira, a lua se esconde,
Silêncio reina, nenhum pássaro dança,
Chuvoso dezembro, a espera se esconde.
Ansioso, aguardo a barra do sol surgir,
Impaciência questiona, a esperança persiste,
No amanhã que insiste em porvir,
Entre nuvens e sonhos, a luz persiste.
A luz do sol, como esperança radiante,
Desafia a impaciência, vence a distância,
Neste dezembro, tece um fio constante.
Na janela, a lua e os pássaros em dança,
Insólita noite, em sua elegância,
Amanhã se revela, a esperança avança.
* Poeta e contista piauiense.