No próximo dia 30, às 19h, no Centro Cultura Sesc Caixeiral em Parnaíba o Ex-ministro João Paulo dos Reis Velloso será homenageado em uma exposição intitulada “Memória e Desenvolvimento: 90 anos de João Paulo dos Reis Velloso”. Na ocasião o economista Raul Velloso, que é irmão de João Paulo, vai fazer uma palestra com tema “O legado de João Paulo à economia brasileira”.
A ideia desse tributo ao notável parnaibano Reis Velloso, partiu do empresário Valdeci Cavalcante, primeiro Vice-Presidente do Conselho Nacional do Comercio – CNC e foi viabilizada pelo empresário Denis Cavalcante que é o Presidente do Conselho Regional do Sesc no Piauí.
Por: José Luiz de Carvalho
Foto: Revista Veja
João Paulo dos Reis Velloso (Parnaíba, 12 de julho de 1931 – Rio de Janeiro, 19 de fevereiro de 2019) foi um economista brasileiro.[2][1] Foi funcionário e assessor da presidência do Banco do Brasil, assessor do Ministro da Fazenda, presidente do Ipea e Ministro do Planejamento do Brasil.[1]
Filho de Francisco Augusto de Castro Veloso e de Maria Antonieta Torres Veloso, nasceu em Parnaíba, no Piauí.[1] Fez seus primeiros estudos em sua cidade natal, tendo cursado o secundário no Colégio São Luís Gonzaga. Formou-se em economia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)[1] e cursou pós-graduação em economia, no Conselho Nacional de Economia em 1961 e o em 1962 no Centro de Aperfeiçoamento de Economistas, atual Escola de Pós-Graduação em Economia, da Fundação Getúlio Vargas. Em 1962 foi para a Universidade de Yale, em New Haven (EUA), onde permaneceu até maio de 1964, obtendo o título de mestre em economia.[1]
Em março de 1951 transferiu-se para a cidade do Rio de Janeiro, exercendo a função de secretário do deputado federal Jorge Lacerda, da UDN de Santa Catarina, função que exerceu até 1952. Ainda em 1952 foi admitido no Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários (IAPI), como escriturário e oficial de administração, chegando a ser nomeado secretário da presidência.[1] Em 1958 passa a ser assessor da presidência do Banco do Brasil e a cursar a graduação na UERJ. Em 1961, no governo de João Goulart, foi nomeado para atuar no gabinete do ministro da Fazenda, Walther Moreira Salles.[1]
Já no governo de Humberto Castelo Branco, foi incumbido pelo ministro do Planejamento Roberto Campos de organizar o Escritório de Pesquisa Econômica e Social Aplicada (EPEA) atual Instituto de Planejamento Econômico e Social (IPEA), exercendo assim a primeira chefia da instituição, cargo que ocupou até 1968.[1]
Em abril de 1968, no governo de Artur da Costa e Silva, foi nomeado secretário-geral do Ministério do Planejamento, quando a pasta era comandada por Hélio Beltrão. Foi então nomeado Ministro do Planejamento durante os governos de Emílio Garrastazu Médici e Ernesto Geisel, permanecendo no cargo entre 1969 e 1979. No início da sua gestão, realizou-se o Censo de 1970 vinculado ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sua gestão foi ainda marcada por dois momentos distintos: o apogeu do chamado “Milagre Brasileiro” e a “Crise do petróleo de 1973“.[1][3] Em 1979, Reis Veloso foi substituído na pasta do Planejamento por Mário Henrique Simonsen, nomeado pelo presidente João Figueiredo.[1]
Avesso a atividades políticas, recusou um convite para se candidatar ao Senado pelo PDS do Piauí em 1982 após sondagem feita pelo então governador Lucídio Portela.
Recebeu a Medalha Santos Dumont, a Medalha da Ordem do Rio Branco, a Ordem do Mérito Naval, e foi membro da Academia Piauiense de Letras.[3]
Morte
Morreu em casa, de causas naturais, em 19 de fevereiro de 2019, aos 87 anos.
Fonte : Wikipedia