O Piauí resgatou em 2022, 180 trabalhadores que estavam em situação análoga à escravidão, o segundo maior número de pessoas resgatadas por ano no estado, segundo o Ministério Público do Trabalho. O Piauí ocupa o 3º lugar entre os estados que mais resgataram pessoas nessa situação.
Os números divulgados apontam que em 2022 foram 180 trabalhadores resgatados em situação análoga à escravidão no Piauí, que é o segundo maior índice de resgatados no Estado desde que as operações iniciaram em 1996, ficando atrás apenas do ano de 2007, quando foram resgatados 195 trabalhadores.
O número de trabalhadores resgatados também é quatro vezes maior que o registrado em 2020, quando foram 44 trabalhadores e três vezes maior que o registrado em 2021, quando foram 56 trabalhadores.
No Piauí as atividades com maiores registros de resgates foram extração de pedra, limpeza de área para plantio e extração da palha da carnaúba.
Em todo o país foram 2.575 trabalhadores, onde o Piauí ficou em terceiro lugar, ficando atrás apenas de Minas Gerais que apareceu em primeiro lugar com 1.070 resgatados e depois apareceu Goiás com 271.
O procurador-chefe do MPT-PI, Edno Moura, afirmou que os números revelam que o trabalho escravo ainda é uma realidade em todo o país. Ele afirmou que muitas pessoas não entendem o que se caracteriza como trabalho escravo, acreditando que é apenas quando ocorre a privação de liberdade.
“Submeter pessoas a jornadas exaustivas e a condições degradantes de labor configuram trabalho escravo. O trabalho escravo, em suma, agride, não apenas a liberdade do trabalhador, mas, sobretudo, sua dignidade, bem jurídico mais maltratado quando uma pessoa é reduzida a condição de escravo. Por isso, é importante estarmos vigilantes, fazermos as denúncias para eliminarmos a prática e cobrar políticas públicas eficazes que possam dar condições dignas de trabalho às pessoas”, destacou. Fonte/Foto: CV. Edição: APM Notícias.