“Um projeto que vai transformar vidas”, assim o diretor-presidente da Investe Piauí, Vítor Hugo Almeida, resume o trabalho de implantação do Porto de Luís Correia, agora chamado “Porto Piauí”, que terá sua primeira etapa inaugurada nesta quarta-feira, 13.
Será a inauguração do Terminal Pesqueiro e a concessão do Termo de Uso Privado, autorização do Ministério dos Portos de Aeroportos para a etapa seguinte do Complexo Portuário e, de forma simbólica, a chegada da primeira embarcação, o Iguatemi, um navio da Marinha do Brasil que mede 63.4 m de extensão e tem capacidade de carga de 1,9T
Nas etapas seguintes estão previstas a finalização do cais e a instalação da estrutura para o beneficiamento do pescado, que são condições para a chegada das embarcações. A estimativa é que, dentro de 24 meses, o porto comece a operar em caráter definitivo, tornando-se uma alternativa para o transporte de carga.
A localização do Estado do Piauí, mais próximo da Europa do que os demais portos da região, será um atrativo. O outro é a associação com a ZPE, que integra o complexo. O modelo que junta Terminal de Uso Privado e pesqueiro é inédito no país e mostra que, após mais de um século entre a primeira ideia de construção de um porto em Luís Correia que data de 1912, até a solução adotada, finalmente chegou-se ao ideal.
O Porto foi pensado para nascer grande, o que acabou prejudicando o projeto, já que um projeto dessa envergadura precisa ser pensado em uma lógica de fases explica Vítor Hugo. A primeira etapa, afirma o diretor-presidente da Investe Piauí é ”grandiosa “devido ao diferencial que ela terá na economia da região.
ECONOMIA LOCAL.
A implantação do Entreposto Pesqueiro tem grande impacto social para as cidades do litoral piauiense. Estudos desenvolvidos pela Universidade Federal Delta do Parnaíba revelam que 30% da população está envolvida na cadeia produtiva da pesca. Na falta de um terminal pesqueiro, o produto acaba sendo levado para o Maranhão e Ceará, o que prejudica a Economia do Piauí. Antes mesmo da inauguração, 140 pescadores já estão aptos a praticar a atividade através do Terminal, após receberam capacitação ambiental e sobre sinalização náutica. “Eles terão mais oportunidades já, além do escoamento, pretendemos estimular a implantação de empresas para fazer o beneficiamento do pescado “, explica a diretora da Companhia, Maria Cristina Araújo.
Para a primeira etapa, foi concluída a dragagem de um canal de 3,5 km de extensão e com profundidade de 7 m, na maré baixa. Mas a obra física é apenas parte do processo. O Terminal foi antecedido por uma rede de pesquisadores e estudiosos de Universidades e demais instituições que atuam no litoral piauiense que embasaram o modelo a ser adotado, que envolve as potencialidades da região, protege o meio ambiente e envolve a comunidade.
As etapas seguintes incluem a construção do cais para atracação dos barcos e navios pesqueiros. E o prédio administrativo. Com a licença a ser concedida pelo ministro Silvio Costa Filho, o Porto poderá receber os primeiros contâiners para armazenamento de carga