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No Dia Mundial do Livro e do Direito Autoral, escritor defende sintonia entre casa e escola.

 

 

 

 

Neste domingo (24), quando se comemora o Dia Mundial do Livro e do Direito Autoral, o escritor piauiense Pádua Marques, autor de entre outros livros, “Vinte Contos para Simplício Dias”, “Memórias de Bismarck” e “Serragem”, disse que ainda há muito a percorrer dentro da educação no que se refere à formação de público leitor, principalmente o infantil e o juvenil.

Antônio de Pádua Marques, romancista, cronista e contista, membro da Academia Parnaibana de Letras e do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Parnaíba, acrescenta que às vezes é convidado a fazer palestras em escolas e fica muito decepcionado porque os jovens ao que parece estão ali por obrigação.

“É necessário que exista uma sintonia entre a casa do aluno e sua escola. Sem essa sintonia fica muito difícil e quase impossível formar novos leitores. Claro que num universo de vários alunos numa sala de aula, cada qual com suas características vindas de casa, os resultados serão diferentes”, disse.

Mas o escritor Pádua Marques tem razões para se sentir satisfeito. Tem sido frequente sua presença em escolas de Parnaíba quando é convidado para falar de seus livros. Para ele, existe uma vontade atualmente de muitos jovens em conhecer o mundo da literatura. “Eu tenho esperanças que em breve existam mais leitores, crianças e adolescentes já produzindo”, acrescentou.

Enquanto escreve e lança livros, os dois últimos, “Serragem” e “Memórias de Bismarck”, já à venda, o escritor salienta que os custos para a publicação de um livro são altos. A saída de muitos escritores são as pequenas tiragens, que têm a vantagem de serem vendidas mais rápido, embora não tenham lucros.

Ainda sobre a sintonia por Pádua Marques mencionada entre a casa e a escola, os pais e os professores, há que ser feito um trabalho constante, um exercício de leitura de livros de boa qualidade, principalmente aqueles que dão relevância aos aspectos da gente brasileira.

Pádua Marques disse que atualmente existe uma carência muito grande de autores infantis. Essa situação acaba favorecendo os livros de literatura infantil internacionais. ” Nada contra os livros de fora, mas se os professores acostumam seus alunos com essa prática, o que geralmente vem associado à televisão,  os mais prejudicados serão os estudantes”, concluiu.

 

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