* Crônica
Na penumbra da semana presente, os poetas Paulo Couto e Elmar Carvalho ergueram suas canetas como sábios pinceleiros da história, pintando uma homenagem viva ao escritor Alcenor Candeira Filho, um dos fundadores da Academia Parnaibana de Letras. E assim, nesse ritual de reverência às letras, eu me uno a esses dois artífices das palavras.
Falar de Alcenor Rodrigues Candeira Filho é um desafio, uma viagem pelo universo vasto de sua obra e pela trama intricada de sua vida. Cidadão, advogado, professor, escritor, poeta, secretário de Educação do Município de Parnaíba, e ainda autor de pérolas literárias, Alcenor, filho desta terra, foi procurador do INSS, professor do Colégio Cobrão e da Universidade Federal do Piauí – Campus Reis Veloso, entre outras nobres atividades. Hoje, aposentou-se dessas funções, mas sua presença ainda ecoa nos corredores das instituições que ajudou a construir.
Nas Academias Parnaibana e Piauiense de Letras, Alcenor encontra seu trono, ocupando com destreza as cadeiras numeradas 4 e 19, respectivamente. Eu o reconheço não apenas como escritor, mas como o mestre que foi meu guia nas letras e literatura nos pulsantes anos setenta e oitenta.
Ah, as obras de Alcenor, pérolas que enfeitam o colar literário da nossa terra: “Sombra entre Ruínas” (1975), “Rosas e Pedras” (1976), “Das Formas de Influência na Criação Poética” (1980), “A Insônia da Cidade” (1991), “Aspectos da Literatura Piauiense” (1993), “Literatura Piauiense no Vestibular” (1995), “Memorial da Cidade Amiga” (1998). Cada título é um capítulo do livro que é a vida desse mestre, e cada palavra é um fio costurado no tecido do tempo, narrando a história de um homem que, com letras, desenhou sua marca no indelével na tapeçaria da literatura piauiense.
Por José Luiz de Carvalho(Cronista, Contista e poeta)