Doze estados pediram ao Tribunal Superior Eleitoral ajuda das Forças Armadas para reforçar a segurança no primeiro turno das eleições, no próximo dia 2 de outubro, sob a justificativa de acirramento da disputa eleitoral, cenário de polarização política e dificuldades logísticas.
O número representa um aumento em relação a 2018, quando 11 estados tiveram auxílio dos militares, e a quantidade ainda pode crescer, já que Rio Grande do Norte e Paraíba ainda avaliam solicitar ajuda para o pleito.
O TRE do Rio de Janeiro, por exemplo, pediu apoio a todos os seus 92 municípios. Em 2018, mesmo em intervenção federal, o estado contou com o auxílio dos militares em 69 cidades.
Na Paraíba, a juíza da 50ª Zona Eleitoral pediu auxílio das Forças Armadas apontando o “elevado acirramento político” que pode implicar “atitudes desrespeitosas para com os servidores cartorários” e “conflitos entre eleitores e candidatos consubstanciados em polarização política”.
Mas um eventual emprego das Forças Armadas na Paraíba deve se limitar ao município de Pocinhos. O governador João Azevêdo (PSB) ainda precisa ser consultado antes da decisão do TSE.
No Acre, oito das nove zonas eleitorais estaduais se manifestaram a favor do envio de militares para o reforço de segurança. O juiz eleitoral Robson Aleixo, de Rio Branco, destacou que a requisição das Forças Armadas é imprescindível devido ao reduzido efetivo local da Polícia Militar.
Generais ouvidos pela reportagem dizem que o assassinato de Marcelo de Arruda pelo bolsonarista Jorge Guaranho, na festa de aniversário do petista, em Foz do Iguaçu (PR), acendeu o sinal de alerta.
No primeiro turno das eleições de 2018, as Forças Armadas ajudaram na segurança e na logística de 369 zonas eleitorais, em um total de 510 cidades. A definição de quantas zonas eleitorais terão apoio dos militares neste ano só será tomada em julgamento no plenário do TSE, que começa na próxima semana.
Os tribunais eleitorais de Alagoas, Amazonas, Ceará, Maranhão e Mato Grosso também pediram ajuda dos militares para questões de logística e segurança para esta eleição. Ainda não se tem informações sobre o pedido e a necessidade do TER do Piauí solicitar auxílio das Forças Armadas até o momento. Fonte: CV. Foto: Edição: APM Notícias.