O Piauí teve a 2ª maior expansão de área agrícola da região Nordeste, com adição de 8.740 km2 entre 2000 e 2018. Com o acréscimo, a área agrícola piauiense totalizou 12.050 km2, o que equivale a 4,8% do território estadual. O aumento foi de 264% no período, conforme aponta o levantamento Monitoramento da Cobertura e Uso da Terra, feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Entre os estados nordestinos, o acréscimo do Piauí foi inferior apenas ao ocorrido na Bahia, que teve aumento de 14.682 km2 na área agrícola. No Brasil, o Piauí teve o 9º maior crescimento. O estado que mais ganhou área agrícola foi Mato Grosso, com adição de 50.616 km2.
A expansão da área agrícola piauiense ocorreu em maior proporção de 2000 a 2012, tendo desacelerado após esse período. No Piauí, o crescimento aconteceu, principalmente, na região sul do estado, que faz parte do MATOPIBA. A sigla designa uma das principais fronteiras agrícolas do país, composta por áreas do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Os três estados nordestinos que compõem o MATOPIBA – Maranhão, Piauí e Bahia – são responsáveis por 91,7% de toda a expansão da área agrícola ocorrida no Nordeste entre 2000 e 2018.
No Piauí, a vegetação campestre foi a que mais cedeu espaço para a implantação de novas áreas agrícolas. Cerca de 91,7% das áreas de cultivo agrícola agregadas ao território piauiense entre 2000 e 2018 vieram da conversão de vegetação campestre, que é caracterizada por ser predominantemente arbustiva.
Mais da metade (58,7%) do território piauiense era ocupado por vegetação campestre em 2018. Apesar de ainda estar presente na maior parte do estado, a criação de novas áreas agrícolas impulsionou a perda de 10.285 km2 de vegetação campestre entre 2000 e 2018. Em 2000, cerca de 62,8% do território estadual era coberto por vegetação campestre.
O mapeamento periódico da cobertura e uso da terra permite a detecção de alterações nas formas de organização do espaço e contribui para um melhor entendimento da dinâmica de ocupação do território nacional. Os dados disponibilizados pelo estudo possibilitam o acompanhamento histórico da distribuição espacial das atividades econômicas e seus impactos sobre os recursos naturais no país, quilômetro a quilômetro.
Fonte: politicapiaui