O presidente do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Parnaíba, Reginaldo Pereira do Nascimento Júnior, declarou por ocasião do Congresso Internacional de Artes, Patrimônio e Museologia, realizado na Caixeiral entre 0s dias 08 e 10, que grande parte dos antigos casarões da região da margem do Igaraçu estão abandonados e depredados.
Reginaldo Júnior rebateu a opinião do professor e mestre João Carlos que declarou que o presidente não tinha ideia do que estava sendo tratado no campo da museologia naquele evento e que Reginaldo Júnior ainda vive uma museologia de pedra e cal que se apega a objetos entulhados e sem a participação da comunidade.
Segundo o professor João Carlos, patrimônio sem participação social é colecionismo. E isso não interessa ao meio, pois só serve para criar permanência de camadas historicamente privilegiadas e que nunca colaboraram para o crescimento de sua população nativa
Reginaldo Júnior rebateu e mencionou que foram empresas como o Moraes e outras instaladas na região, hoje depredadas, que serviram de fontes para que João Carlos e outros estudiosos tivessem como referências para chegar onde estão e que agora são considerados apenas entulhos de cal e pedra.
“Estamos falando de memória do que restou da antiga indústria Moraes S/A e dos armazéns das margens do Igaraçu que marcaram a economia e a indústria piauiense. Esse patrimônio foi inventariado, catalogado e reconhecido através de tombamento federal, cabe-nos defendê-lo”, disse.
Ainda segundo o presidente do IHGGP, dessas fontes se utilizaram, Áurea Pinheiro, Gesinair, Jonia Mota, Leda Napoleão e tantos outros, que hoje são especialistas, mestres e doutores e que para tratar de novos projetos há necessidade primeiro proteger, restaurar e revitalizar o que se tem. “Imagine a Parnaíba sem o prédio da Antiga Escola da União Caixeiral…? É de pedra e cal”, concluiu.