Dia Nacional de Luta da População em Situação de Rua
GOSTARÍAMOS que o leitor se atentasse para o nome que ostenta o nosso Projeto e o lema.
“BOM SAMARITANO” vem de uma parábola muitíssimo conhecida de Cristo. Este deixou bem claro que, a preferência do Plano Espiritual Maior é pelos pobres, os decaídos, os excluídos. E na parábola do Bom Samaritano, Jesus toca nesta ferida de duas forma: quando enaltece cuidado e cuidador. O moribundo é desprezado. Os habitantes da Samaria (samaritanos) também o eram.
A população em situação de rua o são muito mais por serem desprezados, excluídos, do que por gostarem de sê-lo. O vício é uma forma de autodefesa. De dizer: “Estou precisando de amor, de compreensão, de atenção!…” Cristo não desprezava quem quer que fosse. No princípio da Missão, Ele foi devagar, acostumando, inclusive os discípulos, e depois abriu as comportas e declarou quem Ele era e para que veio ao mundo e quem eram os preferidos dos Céus.
Hoje é Dia dos irmãozinhos que moram nas ruas. Antes de ontem distribuímos comida, bolo e material higiênico e travesseiros… Os tratamos como seres humanos: eles o são. Solidarizamo-nos com eles no sofrimento. E, por isso, eles abrem o sorriso colgate quando nos enxergam. Não nos são os marginais, os bêbedos, os drogados…
São vítimas de um sistema político que os tornam excluídos pela má partilha dos bens, dos salários, dos empregos, das terras, dos tetos…
O Brasil é um país riquíssimo! O Piauí é um estado riquíssimo! E no entanto, muitos comem filé mignon a hora que bem quer. Tem champanhe e lençóis finos, geladeira e fogão de luxo, carro do ano e conta recheada em mais de um banco.
Enquanto isso, existem outros jogados nas sarjetas, dormindo nas praças e se embrulhando com jornais; dormem com fome e não têm médicos, não têm sequer um comprimido para dor.
E quando passam os bem conceituados, viram-lhes o rosto: pois são os párias da sociedade. E a gente ouve e lê que governate “x” e “Y” embolsou “$0.000.000,00”
Que Deus proteja a POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA. Os Aplaudimos por este Dia. Por ser um dia de resistência e de luta para que os irmãoszinhos tenham o conforto que todos merecemos.
Nunca mais, massacres como o do dia 19 de agosto de 2004, na Praça da Sé, em São Paulo.
