Mãe… mamãe… maê… tão doce o som,
Grita o menino que em mim habita ainda,
Resiste na lembrança, forte e lindo,
Insiste na saudade, eterno dom.
Desafia o tempo, esse vil tirano,
Não esquece o afeto, o mais divino,
A voz da velhinha, em doce hino,
Cantarolando ao longo dos anos.
Seus passos lentos, feitos de ternura,
E os cabelos de prata, pura alvura,
São lembranças que trago no peito.
Seus cafunés, ah, que sublime jeito,
Neste soneto, a mãe, a vida inteira,
É eterna fonte de amor, luz verdadeira.
*** Relembrando Francisca de Carvalho, minha mãe, mando o meu abraço para todas as mães do mundo.
José Luiz de Carvalho