Uma situação delicada e que vem causando revolta e desolação na classe artística, intelectuais, jornalistas e simpatizantes da cultura desde a manhã desta quinta-feira (22) com a notícia de que por exigências do Corpo de Bombeiros o Teatro Saraiva está demolindo parte de suas instalações na avenida Nossa Senhora de Fátima, na zona norte.
O Teatro Saraiva, criado da persistência do ator, diretor e dramaturgo Joaquim Lopes Saraiva, levou mais de uma década para ser concluído com recursos próprios de seu idealizador. Pronto, trouxe grandes artistas, tanto cantores quanto atores para apresentações no Piauí, sendo um desses eventos o projeto Seis e Meia.
Joaquim Lopes Saraiva, natural de Floriano, professor aposentado da Universidade de Brasília e amante do cinema e do teatro, está desolado. E não é para menos. “É um preço caro que estou pagando pelo atraso cultural de Parnaíba”, declarou.
Segundo Saraiva o Corpo de Bombeiros exigiu uma distância de no máximo trinta metros entre a saída das pessoas e a entrada principal do teatro, o que na sua opinião é inviável . Essa atitude da corporação deixou várias pessoas da classe artística revoltados.
O diretor lembra que esta é uma exigência absurda e citou que aqui mesmo em Parnaíba, o Teatro Antônio Oliveira Santos do SESC Avenida, não segue essa norma e outro teatro em Brasília. Dessa forma está impedido de realizar eventos desde dezembro do ano passado. O Corpo de Bombeiros até agora não se pronunciou de forma pública.
Assim do dia para a noite viu ruir todo um sonho de dar a Parnaíba uma casa de teatro com toda a estrutura adequada à modernidade. ” Eu vim pra fazer coisas pelo coletivo”, disse.
Nesses anos de atividades o Teatro Saraiva realizou dez cursos e oficinas da área de artes com recursos da Lei Aldir Blanc, cenografia, fotografia, oficina de bonecos, caixa cênica de cenografia, figurinos, entre outros. Realizou também o II Encontro Cultural em Parnaíba. “Tudo isso foi acabado”, acentuou. Fonte/Fotos: Teatro Saraiva. Edição: APM Notícias.